30 de novembro de 2013

TERMINOU O INTERCLASSE 2013

Com grande participação dos alunos da Escola Maria Gorete, concluiu-se nesta sexta-feira O INTERCLASSE 2013.

Na categoria Queimada: SÓ LOVE (CAMPEÃO); na categoria Mirim: SANTA CRUZ (CAMPEÃO), artilheira (LAIS) 6 gols; na categoria Infantil: BARAÚNAS (CAMPEÃO), artilheiro (VICTOR GABRIEL) 3 gols; na categoria Aberto: INTERNACIONAL (CAMPEÃO), artilheiros: (NETINHO e IVAN) 3 gols cada.

Segue as fotos dos campeões e das entregas das medalhas:



























29 de novembro de 2013

TERMINA HOJE O INTERCLASSE DA EMG

   Com grande participação dos alunos da própria escola e a participação do público em geral, termina hoje o interclasse da Escola Maria Gorete versão 2013. Esse ano contamos com a colaboração mais uma vez do SINDSERPUP, patrocinando grande parte das medalhas e do professor Carlos César Oliveira, com a outra parte. Desde já queremos agradecer a ajuda dos patrocinadores, da direção da Escola, dos professores e funcionários e dos colaboradores na arbitragem. Segue as fotos dos times semifinalistas:




27 de novembro de 2013

COMEÇA O INTERCLASSE DA ESCOLA MARIA GORETE

  Foi dado inicio neste dia 25/11/2013 os jogos do interclasse da Escola Maria Gorete versão 2013. É grande o número de participantes, foram 6 equipes na categoria Mirim, 6 equipes na categoria Infantil, 4 equipes na categria Aberto e 5 equipes na categoria Queimada. No segundo dia de competição o destaque foi para a atleta Lais do 7º ano A que encarou os meninos sem nenhum receio, pois a equipe do Santa Cruz (Mirim), onde a mesma atuou,




goleou a equipe do São Paulo por 3 x 0, e pasmem, foi três gols de Lais. A Equipe está de parabéns.

25 de novembro de 2013

Escrita Espelhada



Definição e Ações!

O motivo mais comum para as crianças, em fase de alfabetização, escreverem espelhado relaciona-se à imaturidade dos neurônios, que ainda não permite à criança um domínio completo de posições e direções espaciais.

A lateralidade também pode estar indefinida, impossibilitando o aluno de transferir as noções de direita e esquerda para algo externo a si próprio, no caso, a folha de papel. Ele é capaz, por exemplo, de mostrar sua mão direita, dizer quem está sentado do seu lado esquerdo, mas ainda não identifica o lado direito de um colega à sua frente ou a posição da letra P.

Jesus Garcia coloca que uma disgrafia típica seria a escrita em espelho, ou escrita espelhada. A criança que escreve em espelho não tem uma representação estável dos traços componentes dos grafemas e possui apenas parte da informação, por isso, produz uma confusão e uma escrita em espelho.

Segundo Valquiria Miguel Luchezi, algumas das possíveis causas são:
déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização temporo-espacial e na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios de atenção e da memória.

As maiores dificuldades são situar as diversas partes de seu corpo, umas em relação às outras, as noções de alto, baixo, frente, atrás e sobretudo, direita e esquerda.

Cada letra é percebida isolada e corretamente, mas as relações que a criança estabelece entre elas não são estáveis, dependem do sentido de deslocamento do seu olhar, esquerda-direita, ou vice-versa.

Outro fator responsável pelo espelhamento nessa idade é a chamada “fase de ensaios”. Até atingir a escrita alfabética a criança faz várias tentativas nas quais cria e recria o sistema de escrita. Nesse processo, podem aparecer números no meio das palavras, ou letras e frases invertidas, pois os aspectos gráficos não são a preocupação maior da criança. O que ela quer é descobrir com quantas e quais letras, escreve-se uma palavra.

Para Luciana Márcia dos Santos, a construção da escrita é um dos últimos processos de aprendizagem e um dos mais complexos a ser adquirido pelo homem. Fundamentada em Piaget, considera que a origem do desenvolvimento cognitivo dá-se de dentro para fora, ocorrendo em função da maturidade do sujeito.Mesmo sabendo que o ambiente poderá influenciar no desenvolvimento cognitivo, sua ênfase recai no aspecto biológico, ressaltando a maturidade do desenvolvimento. Tanto como no raciocínio, o social e o afetivo também se equilibram de acordo com o crescimento do individuo.

Para Piaget, as atividades mentais, assim como as atividades biológicas, têm como objetivo a nossa adaptação ao meio em que vivemos. De acordo com essa postura teórica a mente é dotada de estruturas cognitivas pelas quais o indivíduo intelectualmente se adapta e organiza o meio.

Toda criança, a partir dessa perspectiva nasceria com alguns esquemas básicos - reflexos - e na interação com o meio iria construindo o seu conhecimento a respeito do mundo, desenvolvendo e ampliando seus esquemas.

A ideia, então, é oferecer atividades para tentar superar as hipóteses iniciais, provocando desequilíbrios para que novas assimilações e acomodações ocorram. Por isso é necessário fazer sempre a análise e a reflexão linguística das palavras, confrontando as hipóteses de escrita dos alfabetizandos com a escrita convencional. Também é fundamental propiciar atos de leitura e escrita às crianças para que aprendam ler lendo e a escrever escrevendo, por meio de atividades significativas e contextualizadas. Elas deverão ler textos mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente, apoiando-se inicialmente na memória e ilustração.

Portanto notamos que a escrita espelhada é considerada normal na idade da alfabetização, por vários estudiosos. Podemos ajudar a criança através do treino e do contato com a leitura e escrita, e com o tempo esses hábitos serão adequados.


Uma abordagem Especial para
Pais e Professores
por Solange Moll Passos



É comum nos primeiros registros escritos observarmos as crianças escrevendo letras, números e palavras de trás para frente. Por que isto acontece? Em primeiro lugar, trata-se de um fato normal no processo de aprendizagem da linguagem escrita porque nas primeiras tentativas a criança ainda não sabe todas as regularidades. Por exemplo: em nossa cultura se lê e se escreve da esquerda para a direita, ao contrário de outras culturas como a árabe e a hebraica que escrevem da direita para a esquerda, ou ainda os chineses, que escrevem de cima para baixo.

Também é necessário compreender que a criança em fase de alfabetização está adquirindo a noção de direita e esquerda. No entanto, pode ser auxiliada no desenvolvimento desta competência através de jogos e brincadeiras que envolvam principalmente o corpo. Este conhecimento, dentre outros, é muito importante para a alfabetização.

De qualquer forma, nesses primeiros passos no caminho da alfabetização, é frequente os pais ficarem angustiados ao observarem estas escritas espelhadas acompanhadas também de falta de letras ou mistura de letras e números. O ideal é deixar seus filhos fazerem suas tentativas, pois as crianças, conforme pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (pesquisadoras reconhecidas internacionalmente por seus trabalhos sobre alfabetização), começam a construir a língua escrita muito antes de entrarem no ensino formal.

De acordo com Zorzi (2000):
“Por muito tempo e, de modo bastante insistente, temos sido levados a ver, nos erros e enganos que as crianças fazem ao escrever, indícios de distúrbios e patologias. Os espelhamentos de letras são um exemplo típico desta maneira, até mesmo parcial e distorcida, de compreendermos o que é a aprendizagem.”

As crianças podem, a princípio, além da escrita espelhada, escrever “formiga” com poucas letras e “boi” com muitas. Isso acontece porque, no pensamento das crianças, a formiga é pequena, logo precisa de poucas letras, exemplo: CFAO. Já o boi é grande, então precisa de muitas letras: JAJNSHSJAKOV. Em outros casos, elas utilizam as letras do próprio nome em ordem diferente para muitas palavras. Mais adiante passam por outra fase e então escrevem uma letra para cada vez que pronunciam um som.

E assim a criança segue gradualmente em sua investigação, até atingir a escrita convencional.

Não existe criança que não sabe nada sobre a escrita. O que acontece é que a criança pensa sobre a escrita formulando hipóteses sobre ela, para compreender o que a mesma significa. Isto não quer dizer que ela não precisa de um mediador para aprender a ler e escrever. A ação de um mediador é imprescindível para fazer com que a hipótese da criança entre em conflito e assim proporcione o seu avanço.

Feuerstein (1980 apud Beyer, 1996, p. 75) diz:

Por meio do conceito da experiência da aprendizagem mediada (EAM) nós nos referimos à forma como os estímulos emitidos pelo meio são transformados por um agente‘mediador’, usualmente um pai, um irmão ou outra pessoa do círculo da criança. Este agente mediador, motivado por suas intenções, cultura e envolvimento emocional, seleciona e organiza o mundo dos estímulos para a criança. O mediador seleciona os estímulos que são mais apropriados e então os filtra e organiza; ele determina o surgimento ou desaparecimento de certos estímulos e ignora outros. Através desse processo de mediação, a estrutura cognitiva da criança é afetada.

Mas, muitas vezes, quando se ouve dizer que uma criança de 5 anos está lendo e escrevendo, logo vem aquela preocupação: será que meu filho de 6 anos tem problemas? Neste caso é melhor agir com bom senso, respeitando o ritmo de cada um. A escola deve ser parceira dos pais, dizendo-lhes quando percebe algo que mereça mais atenção.

Zorzi (2000) também comenta:

Estamos, como adultos, fortemente contaminados com noções rígidas de “certo” e “errado”: se a criança está agindo ou pensando da mesma forma que nós, então ela sabe, ela está certa, está aprendendo. Caso contrário, se ela assimila, ou entende uma situação de uma maneira distinta da nossa, que não está de acordo com nossas concepções e crenças, então ela está errada. Não está aprendendo. E, se não está aprendendo, então deve ter dificuldades, problemas, e assim por diante.

Há uma preocupação exagerada para que se leia cada vez mais cedo. O mais sensato é baixar a ansiedade, acompanhar o desenvolvimento da criança, confiar na escola do seu filho e proporcionar um ambiente rico em leitura e escrita, regado com muita paciência e persistência.

No mais é curtir e guardar estas primeiras tentativas de escrita com o mesmo valor dado às primeiras palavras e os primeiros passos.



Fonte de Pesquisa: Rosangela Vali

11 de novembro de 2013

DICAS para PROFESSORES


Coordenação Motora

A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente, ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciência. Através de movimentos com as mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora.
Já em fase pré-escolar (1º ANO) a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a idade, como exercícios motores de desenhos, símbolos, etc. Para compreender melhor o significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:

Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.Classifica-se a coordenação motora em três grupos:

- Coordenação motora geral
Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.Ex: Andar, Pular, rastejar, etc.

- Coordenação motora geral específica
Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: Chutar uma bola (futebol), bandeja (basquete), etc.

- Coordenação motora fina
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc.

O Papel do Professor e dos Pais
Existem pequenas modificações que podem tornar a vida da criança com Transtorno Desenvolvimento Coordenação mais fácil.Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis; a terapeuta ocupacional pode dar sugestões adicionais.

Na Escola
Professores e pais podem trabalhar juntos para garantir que a criança com Transtorno Desenvolvimento de Coordenação obtenha sucesso na escola. Para os pais, pode ser útil reunir-se com a professora no início do ano escolar para discutir as dificuldades específicas da criança e dar sugestões de estratégias que funcionaram bem. Um plano individualizado de educação pode ser necessário para algumas crianças, entretanto, para outras, as seguintes modificações podem ser suficientes.

Na Sala de Aula

1. Certifique-se de que a criança esteja posicionada apropriadamente na carteira para começar qualquer trabalho. Certifique-se de que os pés da criança estejam totalmente apoiados no chão; que a carteira tenha altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma.
2.Tente traçar metas realistas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a criança como a professora, continuem motivados.

3.Tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades motoras finas, tais como matemática, escrita, redação, atividades práticas de ciências e trabalhos de arte. Se há necessidade de velocidade, esteja disposta a aceitar um produto de menor qualidade.
4.Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício impressas ou pré-escritas para permitir que a criança foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de matemática previamente preparados; páginas com perguntas já escritas, ou em exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno.

5.Introduza o computador o mais cedo possível, para reduzir a quantidade de escrita à mão que é exigida em períodos mais avançados de escolaridade. Apesar de, a princípio, digitação ser difícil, essa é uma habilidade que pode ser de grande benefício e, na qual,crianças com problemas de movimento podem se tornar bastante proficientes.

6.Ensine às crianças estratégias específicas de escrita à mão, que as encorajem a escrever com letras de forma, ou cursiva, de maneira consistente. Use canetas hidrográficas ou adaptadores de lápis, se eles parecem ajudar a criança a melhorar o padrão de preensão ou a reduzir a pressão do lápis no papel.

7.Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança. Por exemplo:
a) linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito grandes;
b) papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para escrever dentro das linhas;
c) papel quadriculado para a criança cuja escrita é muito grande ou mal espaçada;
d) papel quadriculado, com quadrados grandes, para a criança que tem problema para alinhar os números na matemática.

8.Tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que a criança aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática acabe não sendo resolvido.
9.Considere a possibilidade de a criança usar métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por exemplo: a criança pode apresentar o relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas ideias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história ou o exame no gravador.

Mais ATIVIDADES para AJUDAR!

1. Pegue um daqueles vidros de remédio com conta gotas que você tem no armário. Ensine a criança a apertar a borracha usando o dedo polegar e o dedo indicador. Use um timer e o programe para 5 segundos.Veja quantas vezes a criança consegue apertar. Faça isso várias vezes ao dia com a criança e assegure que ela use ambas as mãos. Esse movimento vai ajudar à criança a ter firmeza ao segurar o lápis para escrever.

2. Esse exercício é muito bom mas funciona melhor se você tiver uma maçaneta redonda.O processo é o mesmo do número 1. Pegue um timer e marque quantas vezes a criança consegue rodar a mão para abrir a porta. Esse movimento é bom para o pulso e, com certeza, vai ajudar a criança a posicioná-lo na hora de escrever.

3. Providencie um daqueles brinquedos de plástico que se coloca na banheira para a criança brincar. Sabe aqueles fáceis de apertar? Brinque com a criança no banho que é mais divertido, mas deixe que ela aperte o brinquedo. Esse movimento ajuda na flexibilidade dos dedos.

4. Arranje um chocalho para o próximo exercício. Você pode inclusive confeccionar um com garrafinhas de plástico de refrigerante e macarrão, milho ou lentilha dentro. Ensine a criança a balançar o chocalho para frente e para trás mas sem mexer o braço, somente o pulso. Se for necessário, nas primeiras vezes, segure o anti-braço da criança para que ela não o mexa. Esse exercício dá mais agilidade para o pulso.


5. Coloque areia numa bacia e faça desenhos junto com a criança. Incentive o uso do dedo indicador na confecção do desenho. Deixe que a criança brinque depois. Explore outras texturas com a criança. Tinta, milho, arroz, creme de barbear, água com anilina colorida e algodão são outros exemplos.

6. Rasgar jornal e papel também ajuda. Você pode convidar a criança para depois fazer uma chuva de papel ou uma grande colagem.

7. Compre uma folha de EVA e recorte algumas figuras (de preferência as preferidas da criança). Por exemplo, se ela gosta de carros,corte figuras de um carro comum, um de corrida e um jipe. Se a menina gosta de brincar de bonecas, corte uma camiseta para boneca, chapéu e bolsinha. Escolha duas figuras apenas para começar. Faça um furo no meio das figuras e entregue um cadarço para a criança. Sentado atrás da criança faça com ela o movimento de costura, enfiando o cadarço nas figuras. Primeiro use sua mão por cima da criança. Aos poucos, faça menos pressão nos movimentos até que a criança coloque duas figuras independentemente. Aí sim você pode incorporar mais figuras. Esse exercício ajuda muito no movimento de pegar o lápis. Aconselha-se começar com figuras de EVA para depois passar a pequenas contas.

8. Ensine a criança a desenhar linhas. Faça primeiro uma linha horizontal _________ e diga a ela:“Copia o que eu faço”// “Faça isso!” e deixe ela copiar. Se a criança não conseguir fazer, utilize a sua mão por cima da dela para que ela consiga sucesso no início. Aos poucos diminua a pressão até que a criança consiga fazer o exercício sozinha. Depois de fazer ________, passe para linha vertical, X, + , O, , D. Mais tarde tente sol, face, pessoa, árvore,etc.

9. Aplicar técnicas simples como:

*Pontilhismo ajuda a melhorar a coordenação dos pequenos músculos, (movimento pinça), e ainda aproveitamos o momento em ajudar a crianças a manusear corretamente canetinhas que tanto gostam, o cuidado com a ponta, a força utilizada... entre outros.
*Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados. • Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos.

*Recortar com tesoura:•Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel.•Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente.• Recortar tiras de papel largas e compridas.• Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.

*Colar:• Colar recortes em folha de papel, livremente.• Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada.• Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.• Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal.•Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal.

*Modelar:• Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos (como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc.

*Perfurar:• Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta fina sem carga.• Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho com isopor.• Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando.

*Bordar:• Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.• De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis. • Bordar em talagarça. • Alinhavar em cartões de cartolina.•Pregar botões.

*Manchar e traçar:•Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto.•
Fazer manchas em folha de papel, livremente.•
Fazer manchas dentro de figuras grandes.•
Fazer manchas sobre uma linha.•
Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas.•

*Passar
andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-requisito para realizar os exercícios que se seguem.• Com caneta hidrográfica passar um traço entre duas linhas paralelas.•
No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de uma cor (traço do arco-íris).• Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite.

*Pintar:•
Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.

*Dobrar:•
Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e verticais) marcadas na folha. • Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas perpendiculares e diagonais em relação às bordas. •Dobrar papel e montar figuras (cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.)

Considerações Importantes:

O entendimento dos processos relacionados à motricidade é de suma importância para o o auxílio centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças têm apresentado déficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias a este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis Família e Escola adotarem o "brincar" como recurso necessário e diário.

A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre; engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o atual; participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização. Os tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica, andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos dos colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça (pegar objetos com a ponta dos dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão), confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo (macaco disse), favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.

Enfim..quanto mais concreto e lúdico for o contato das crianças com materiais e situações que propiciem a manipulação e a organização, mais desenvolvimento motor terá para as atividades que exigirem escrita, leitura e cálculos.

(Rosangela Vali)

4 de novembro de 2013

Enfrentamento à Violência na Escola

 

É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola torna-se preocupante pelo fato de que enquanto espaço institucionalizado de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo esta um processo de sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo.

A demanda de Enfrentamento à Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.

O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos, seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações, bem como a produção de material de apoio didático-pedagógico.

Para fins de articular e promover a construção de mecanismos e ações que viabilizem o Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED através da CDEC, integra e articula a Rede de Proteção na construção do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência.

A violência, no âmbito das Escolas Públicas Estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações.

No Brasil, mudanças estruturais na assistência à Infância, a partir do final do século XIX, substituem gradativamente a piedade e o amor cristão pela racionalidade científica. A criança pobre deixa de ser propriedade exclusiva da assistência caritativa da Igreja. Surge, mesmo como filantropia, uma política de assistência que não objetiva mais a esmola, mas a reintegração social dos desajustados.

Já no século XX, mais especificamente no ano de 1927, é promulgado o primeiro código de menores, também conhecido como Código de Mello Mattos. Esse período caracterizou-se pela criação de colônias correcionais para a reabilitação de delinquentes e abandonados. O Estado passa a assumir a tutela do menor abandonado ou infrator.

Em 1979 surge o Código de Menores. Cria-se a figura do menor em situação irregular. O termo menor ainda hoje é utilizado de forma pejorativa para designar crianças e adolescentes no Brasil.

Apenas em 1990, fruto do desdobramento da Constituição Federal de 1988 (em especial de seu artigo 227), da Convenção Internacional de 1989, bem como da reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais, surge o Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA traz a doutrina jurídica da proteção integral. A criança deixa de ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do estado e passa a ser entendida como um sujeito de direito e em desenvolvimento. Daí a importância da educação. Importante lembrar que a Constituição de 1988 é também conhecida como Constituição Cidadã, e foi construída após duas décadas de vigência de uma ditadura militar (1964/1985).

Tal compreensão é vital para entendermos a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente, principalmente para dissiparmos falas de senso comum que imputam ao ECA a culpa pela indisciplina e violência nas escolas considerando-se que tal fenômeno é social e histórico. É claro que todo direito pressupõe uma reciprocidade de deveres, por isso cabe a todos os envolvidos no processo educativo de crianças e adolescentes, pautar esta questão.

Além da compreensão acerca do ECA , é importante compreendermos que um trabalho de enfrentamento à violência na escola pressupõe, por parte desta mantenedora, de um encaminhamento pautado em três eixos de ação: diagnóstico, estudo e produção de material de apoio didático-pedagógico; formação continuada dos profissionais da educação; e, acompanhamento e promoção de ações interinstitucionais. Esses eixos foram definidos pela Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos – CDEC/DPPE/SEED e balizam suas ações. Importante: todos os eixos devem ser vistos de forma interligada.

Partindo deste pressuposto, quando da criação da CDEC, em 2007, iniciamos o processo de construção dos Cadernos Temáticos de Enfrentamento à Violência nas Escolas e de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - impressos e encaminhados às escolas de nossa rede. O primeiro lote foi entregue em 2009 a segunda impressão será distribuída no segundo semestre de 2010, totalizando 24.000 exemplares de cada volume. O uso desse material como subsídio às escolas passa a ser fomentado, em especial, no Itinerante 2010, uma vez que pautamos nossa participação na implementação dos Cadernos Temáticos.

Concomitantemente a esse processo de construção dos Cadernos Temáticos ocorre a formação continuada dos profissionais da educação. O Seminário Integrado sobre Drogas, Evasão, Indisciplina e Violência na Escola é o melhor exemplo dessa capacitação, fato confirmado pela avaliação positiva quanto aos eventos / etapas já realizados/as.

O Seminário Integrado tem esse nome, pois integra demandas afins de diferentes coordenações e departamentos. Um dos objetivos é fortalecer a rede de proteção social e consequentemente o Sistema de Garantias de Direitos do qual a educação faz parte. Por esta razão foi pensado de forma descentralizada nos 32 NREs, a partir da análise do diagnóstico realizado nas escolas da rede pública estadual, no ano de 2008.

A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, do qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia com a sociedade civil e por meio da intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação, saúde, segurança, assistência social, atendimento jurídico, entre outras. Baseada num trabalho planejado, dentro de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o comprometimento, visa dinamizar a garantia de direitos assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno da violência é multifacetado e que seu enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada.

Outro trabalho que visa fortalecer a rede de proteção social é desenvolvido por meio da revisão do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência, com participação efetiva da CDEC/DPPE/SEED e sob a coordenação da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ. O documento final revisado e atualizado será colocado à apreciação dos Secretários de Estado e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA/PR e terá vigência no período de 2010 a 2015 definindo-se ações das instituições envolvidas nesse processo. Cabe também à Comissão Estadual articular as comissões regionais, a fim de fortalecer as redes de proteção. Definiu-se, a partir do número de regionais da SECJ, o total de 12 Comissões Regionais. A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP, por exemplo, possui 18 regionais e a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná - SESA 22.

Por fim, a CDEC trouxe para análise junto à Comissão Interdepartamental de Enfrentamento à Violência – CIEVE (comissão composta por representantes de diferentes setores da SEED), um documento em forma de minuta, que tem por objetivo fornecer às escolas uma orientação pautada em bases legais quanto à questão do enfrentamento à violência e indisciplina na escola. Após inúmeras leituras e sugestões dos membros da CIEVE, o documento foi entregue à DPPE para apreciação e devidos encaminhamentos. Dessa forma, a Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos busca cumprir seu ciclo de trabalho dentro dos três eixos anteriormente apontados. Isso mostra que a SEED tem hoje uma proposta viável de trabalho para a nossa rede de ensino.

1 de novembro de 2013

A ESCOLA MARIA GORETE ESTÁ DE LUTO.

Faleceu hoje na cidade Mossoró-RN, o motorista Francisco da Chagas Costa, conhecido como POMPEU, transportou por vários anos os alunos do PA Nova Vida e Monte Alegre para as escolas Maria Gorete, Alfredo Simonete e Calazans Freire. Funcionário Publico Municipal, concursado para exercer a função de motorista de transporte escolar. Por muitas vezes os alunos não souberam compreendê-lo e vice-versa, era excelente motorista e gostava de zelar pelo seu veículo que era seu ganha pão. Em recente conversa que eu tive com ele (Toinho ex-diretor), perguntei se o mesmo estava gostando da nova rota, Monte Alegre a que foi destinado para trazer os alunos e o mesmo me respondeu que estava tão satisfeito que no final do ano ia dar um presente a todos eles, quem sabe se não era um passeio. A Direção e os funcionários da Escola Maria Gorete se solidarizam com a família enlutada.
 
MUITAS SAUDADES!